Polo de compras do Brás: como tudo começou

Polo de compras do Brás: como tudo começou

O Brás é um local histórico e, antes de se tornar um grande polo de compras, foi marco de grandes histórias do país. Todos os meses apresentaremos um pouco dessa história aqui no blog da Alobrás, para que além das compras você também possa identificar cada canto histórico da região. Aproveite esse momento de conhecimento e, se você conhece alguma história da região, compartilhe conosco.

A história do Brás: como tudo começou

Polo de compras do Brás como tudo começou

No final do século XVIII, São Paulo ainda era uma pequena vila habitada principalmente por índios, escravos e jesuítas. Havia apenas alguns lugarejos meio que isolados, como o embrionário Centro, a Aldeia de Nossa Senhora da Conceição dos Pinheiros, a Freguesia do Ó, a Arraial de Santana e outros povoamentos.

A leste da Várzea do Carmo, às margens do rio Tamanduateí, havia uma grande região ocupada por sítios e propriedades de atividade agrícola. Ali vivia um negociante português chamado José Brás, dono de muitas terras e vizinho da aristocrática Chácara do Ferrão (criada por José da Silva Ferrão e, posteriormente, vendida a Domitila de Castro e Canto Melo, a Marquesa de Santos, amante do imperador Dom Pedro I).

Foi o imigrante lusitano quem começou a fazer as primeiras melhorias urbanas na área – entre elas, a construção da capela do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, em 1769. Ao redor, um povoado aos poucos foi se formando e ganhou o nome de paragem do Brás, pois servia de parada para as procissões que conduziam a imagem de Nossa Senhora da Penha de França da igreja da Penha até a igreja da Sé, no Centro. A estrada que ligava a Penha ao Centro ficou conhecida como Caminho do José Brás.

O vilarejo foi crescendo até que, em 8 de junho de 1818, o Brás foi alçado à categoria de freguesia, e a igreja construída por José Brás tornou-se a sua matriz. Nascia assim o bairro do Brás. Essa seria uma das teorias mais aceitas sobre a origem do nome do bairro, mas existem ainda outras duas hipóteses, menos plausíveis.

Uma delas credita o nome da região ao apelido de um dos filhos da Marquesa de Santos, que vivia por ali, na já citada Chácara do Ferrão. O rapaz se chamava Brasílio, mas nenhum outro elemento faz crer que essa coincidência com o seu nome fosse suficiente para batizar a região.

Igreja do Brás foi a primeira construção do bairro, e, com o tempo, ao seu redor foram surgindo casas, comércios, estalagens e outras edificações que formaram o embrião do núcleo urbano da região.
Como já foi dito, a primeira capela, em homenagem a Bom Jesus de Matosinhos, foi erguida em 1769 pelo português José Brás, para reproduzir aqui no Brasil um pouco da atmosfera da igreja dedicada a essa figura de devoção – que existe desde 1579 no vilarejo de Matosinhos, no norte de Portugal.

Em 1803 a capelinha do Largo do Brás foi substituída por uma igreja maior, no mesmo local. O grande patrocinador da construção dessa igreja foi José Corrêa de Morais, proprietário de muitas terras na região.

A atual Matriz do Bom Jesus do Brás teve as obras iniciadas em 1896 pelo bispo de São Paulo, Dom Joaquim Arcoverde de Albuquerque Cavalcante, e a inauguração aconteceu no dia 1º de janeiro de 1903, por Dom Antonio Cândido de Alvarenga. Em 1904 a antiga igreja foi demolida, e, no terreno que ocupava, foi construído o Colégio Romão Puiggari.

Em estilo neoclássico, a igreja foi projetada pelos irmãos Emilio e Riccardo Calcagno – dois engenheiros que haviam imigrado da Itália. No entanto, retornaram ao seu país sem ver a obra terminada. Quem coordenou os trabalhos no final foi o arquiteto George Krug, que acrescentou ao templo sua bonita cúpula central. Suas paredes e o teto têm afrescos com cenas bíblicas, atribuídos a Arnaldo Mecozzi, Carlos Oswald e Waldemar Cordeiro – artistas muito renomados à época.

Gostou de conhecer um pouco da história dessa região tão procurada para fazer compras? Acesse o nosso site e conheça todas as dicas para conhecer o Brás.

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